Há lições que podemos aprender aqui.
Mas principalmente, faço isso para que possam me conhecer.
Ultimamente, quando escrevo, percebo que é tanto pra mim quanto para vocês
Este é o único lugar em que posso ser completamente franco.
O papel e a caneta, não me julgam, não olham torto, simplesmente recebem minha verdade e me permitem virar a página.
E hoje essa é a minha verdade.
Passo grande parte do tempo amedrontado.
Tenho medo do que fiz, do que estou fazendo e do que talvez precise fazer.
Não é um medo paralisante, na verdade é o exatamente o oposto.
É algo que me dá forças e eu o desejo.
Preciso da adrenalina do medo para levantar da cama de manhã
Está no meu DNA.
Sinto um tremendo remorso pelos atos idiotas que cometi, quer tenham sido planejados ou espontâneos, mas acho que o que me dá mais tristeza é que aprendi a justificar esse comportamento.
Sempre encontro uma razão, uma causa, uma necessidade que me limpe a alma e me ajude a encaixar minha culpa nessa selvageria.
Eu me tornei aquela coisa que eu odiava e por causa desse conhecimento, há períodos do dia e às vezes, semanas em que evito me olhar no espelho.
Minha raiva é tão profunda, e tão real que tenho medo de atacar o meu reflexo nele e despedaçar o vidro e me cortar com os cacos do reflexo partido.
Desde que tudo aconteceu, perdi meu rumo. Perdi minha bussola, a direção correta.
Agora minhas dúvidas e a sensação de ser um impostor berram tão alto na minha cabeça, que na maior parte do tempo, não consigo ouvir mais nada.
Amor, amizade, liberdade, todas as coisas que quero da vida estão perdidas na barulheira. Perdoem a minha auto-análise, mas hoje é um dia do qual talvez nos lembraremos. Um dia marcante e quero que leiam isso e saibam que pelo menos eu fui completamente honesto.
Saibam que digo a verdade ao falar que ela é a coisa mais importante pra mim.
Nunca abandonaria ela e queria nunca tê-la magoado.
Eu te amo, mais do qualquer coisa ou qualquer um e sempre amarei.